Logo Cesar Peres Dulac Müller

BLOG CPDMA

Categoria:
Data: 5 de fevereiro de 2025
Postado por: Equipe CPDMA

Juntas Comerciais passam a exigir publicações de atos de operações societárias: entenda o que muda

Pilha de jornais sobre um laptop indicando publicação de atos societários

Nos últimos meses, diversas Juntas Comerciais do Brasil passaram a exigir a publicação de atos de incorporação, cisão e fusão de sociedades, conforme previsto no Código Civil (arts. 1.122 e 1.152, §1º) e na Lei das Sociedades Anônimas (arts. 227, §3º, 228, §3º e 229, §4º). Embora essas obrigações já estivessem estabelecidas na legislação, muitas empresas não as cumpriam, principalmente devido aos altos custos associados às publicações.

A Instrução Normativa DREI nº 81, em seu art. 73-A, reforça a necessidade de publicação desses atos na localidade da sede das sociedades envolvidas. Com base nesses dispositivos, as Juntas Comerciais passaram a exigir o cumprimento dessa obrigação, inclusive para atos realizados retroativamente ao longo de 2024.

Apesar da exigência legal de publicação no Diário Oficial e em jornal de grande circulação, algumas Juntas têm aceitado a publicação na Central de Balanços do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). A Central de Balanços foi estabelecida pela Portaria nº 529, de 26 de setembro de 2019, do Ministério da Economia, com o objetivo de facilitar as publicações empresariais e reduzir custos.

Diante desse cenário, é crucial que as empresas, ao realizarem operações de reorganização societária, considerem os custos associados à publicação e o posterior arquivamento nas Juntas Comerciais. O descumprimento dessas obrigações pode resultar no bloqueio do cadastro na Junta Comercial, impedindo o arquivamento de outros documentos societários até que as publicações sejam regularizadas.

Direito Societário | Equipe CPDMA

Voltar

Posts recentes

Plano alternativo de credores na recuperação judicial de produtores rurais

No 3º Congresso Cerealista Brasileiro, contribuímos para ampliar o debate sobre as alternativas disponíveis aos credores diante do avanço da recuperação judicial no agronegócio. A apresentação conduzida por Thomas Dulac Müller, sócio-diretor da CPDMA, destacou os principais pontos de atenção para cerealistas e demais agentes da cadeia, com foco na organização coletiva, na atuação estratégica em […]

Ler Mais
Contratos de locação: atenção aos prazos do regime transitório da Reforma Tributária

A Reforma Tributária, prevista na Constituição Federal (art. 156-A), no Projeto de Lei Complementar nº 108/2024 e na Lei Complementar nº 214/2025, teve como principal objetivo transformar o sistema de tributação sobre o consumo no Brasil. Foram extintos cinco tributos complexos — PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS — que passam a ser substituídos por […]

Ler Mais
STJ valida arrematação por qualquer preço na 3ª chamada da falência e afasta a alegação de preço vil

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) proferiu uma decisão de grande impacto no Direito Empresarial e Processual, validando a arrematação de um imóvel de massa falida por apenas 2% de sua avaliação. Esta decisão é fundamental e reforça a prioridade da Lei de Falências (Lei nº 11.101/2005, atualizada pela Lei nº 14.112/2020) […]

Ler Mais
Novo entendimento do STJ: proteção ao coproprietário em caso de penhora e arrematação de bens indivisíveis

Em recente julgamento (REsp 2.180.611-DF), a Terceira Turma do STJ estabeleceu um entendimento crucial que visa proteger o patrimônio do coproprietário ou cônjuge, em caso de penhora e arrematação de bens indivisíveis, que não tem responsabilidade pela dívida (o alheio à execução). O que mudou e o que você precisa saber? A lei (Código de Processo Civil - […]

Ler Mais
Selic é a taxa aplicável a juros de mora em dívidas civis, define o STJ

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) firmou um importante entendimento no Tema Repetitivo 1368 sobre a taxa de juros de mora aplicável a dívidas de natureza civil no Brasil, antes da vigência da Lei n.º 14.905/2024. --- A tese firmada: o STJ estabeleceu que o artigo 406 do Código Civil de 2002 (em sua redação anterior à Lei […]

Ler Mais
Sale-and-leaseback rural: liquidez para empresas em situação de crise e retorno protegido para investidores

No agronegócio brasileiro, a busca por capital rápido em meio à escalada dos juros fez crescer uma estrutura já conhecida no mercado imobiliário urbano: o sale-and-leaseback. A lógica é direta: o produtor vende a área rural a um investidor, recebe o dinheiro à vista e, no mesmo ato, assina um contrato de arrendamento a longo prazo […]

Ler Mais
crossmenuchevron-down
pt_BRPortuguês do Brasil
linkedin facebook pinterest youtube rss twitter instagram facebook-blank rss-blank linkedin-blank pinterest youtube twitter instagram