Logo Cesar Peres Dulac Müller

BLOG CPDMA

Categoria:
Data: 11 de junho de 2019
Postado por: Equipe CPDMA

Santa Catarina: sem ICMS para software

Santa Catarina decidiu tomar a contramão da maioria dos estados brasileiros, ao garantir que não vai cobrar ICMS de software desenvolvido sob medida ou oferecido na nuvem como serviço.

Um projeto de lei de autoria do governo estadual nesse sentido foi aprovado no final de maio. Com a medida, as empresas de TI pagarão somente o Imposto sobre Serviço (ISS), estabelecido em nível municipal.

Assim, empresas de tecnologia instaladas em Santa Catarina não correm o risco de ter que pagar duas vezes impostos pela mesma coisa, o que parece óbvio, mas não é.

O assunto vem sendo discutido desde o final de 2015, quando o Conselho Nacional de Política Fazendária decidiu que os estados poderiam cobrar ICMS, reacendendo um debate que estava enterrado desde os anos 90. Estados como Minas Gerais e São Paulo, entre outros, passaram a fazer a cobrança. O Rio Grande do Sul tentou, mas acabou dando para trás em meio a pressão das entidades de software do estado, mas não de maneira definitiva.

A alíquota prevista para São Paulo é de 5% e a de Minas Gerais 18%, o que, pelas contas da Assespro, pode representar um aumento de carga tributária de 170% e 300%, devido aos efeitos da bitributação. A questão é parte de um debate judicial que está parado no Supremo Tribunal Federal.

O que Santa Catarina está fazendo é garantir por lei que não vai cobrar o imposto, o que torna o estado mais atrativo enquanto o tema ainda está indefinido, ou permanentemente, caso o STF decida favoravelmente à cobrança do ICMS.

Mesmo caso o STF decida contra o ICMS para o setor de TI, Santa Catarina marca pontos agora. Algum empresário pode também considerar que é melhor estar sediado no estado quando o debate sobre o ICMS for reaberto por algum motivo em 10 anos.

Hoje, a participação do setor de tecnologia no PIB catarinense é superior a 5%, com faturamento de aproximadamente R$ 15 bilhões ao ano. A empresa tem um celeiro de startups de destaque no cenário nacional, como a Neoway e a Contazul.

A nova legislação foi escrita com cooperação da Acate, uma entidade de TI catarinense com atuação nacional.

“A lei pode ser um importante indutor na atração de companhias nacionais e globais que estão enfrentando este problema em outros Estados, ao garantir a segurança jurídica para os negócios", destaca Daniel Leipnitz, presidente da Acate.

Fonte: Maurício Renner via Baguete.

Voltar

Posts recentes

CVM lança o regime FÁCIL para ampliar o acesso de empresas de menor porte ao mercado de capitais

Em 3 de julho de 2025, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou as Resoluções CVM 231 e 232, instituindo o regime FÁCIL (Facilitação do Acesso ao Capital e Incentivos às Listagens). A iniciativa visa simplificar o ingresso de Companhias de Menor Porte (CMP) no mercado de capitais brasileiro, promovendo transparência regulatória e estabilidade jurídica, […]

Ler Mais
Thayse Bortolomiol assume a coordenação da Área de Reestruturação de Empresas da CPDMA

A advogada Thayse Bortolomiol assume a coordenação da área de Reestruturação de Empresas da CPDMA, mantendo o padrão técnico-estratégico que consolidou a reputação do escritório nesse segmento e dando continuidade a uma das áreas mais relevantes da banca. Com oito anos de atuação na CPDMA, Thayse participou diretamente de iniciativas importantes conduzidas pelo escritório, adquirindo […]

Ler Mais
Abuso do poder de controle nas sociedades anônimas: limites e consequências

Nas sociedades anônimas, a figura do acionista controlador desempenha papel central na definição dos rumos estratégicos da companhia. Detentor do poder de eleger a maioria dos administradores e de influenciar as deliberações sociais, esse acionista possui uma posição de destaque que, embora legítima, deve ser exercida dentro dos limites legais e em consonância com os […]

Ler Mais
STJ reconhece exclusão extrajudicial de sócio baseada em instrumento particular, sem registro na Junta Comercial

Em recente decisão, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) validou a exclusão extrajudicial de um sócio com base em um instrumento particular assinado por todos os membros da sociedade, sem o registro na junta comercial [1].  No caso analisado, após a constituição e registro da sociedade, os sócios firmaram um documento denominado […]

Ler Mais
STF suspende os processos sobre a licitude dos contratos de prestação de serviços em todo o País

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu suspender, em todo o território nacional, as ações que discutem a legalidade dos contratos de prestação de serviços, conhecidos como “pejotização”. A decisão, tomada pelo Ministro Gilmar Mendes, visa uniformizar o entendimento sobre o tema e garantir a segurança jurídica. O STF reconheceu a repercussão geral da matéria ao […]

Ler Mais
Atuação da CPDMA foi determinante para decisão do STF que reafirma jurisprudência sobre pejotização

Uma importante decisão proferida recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a partir de atuação da equipe trabalhista Cesar Peres Dulac Müller Advogados, trouxe novamente à tona a relevância da observância aos precedentes vinculantes da Corte em matéria trabalhista, especialmente quanto à licitude de formas alternativas de contratação, como a prestação de serviços por pessoa jurídica — prática […]

Ler Mais
crossmenuchevron-down
pt_BRPortuguês do Brasil
linkedin facebook pinterest youtube rss twitter instagram facebook-blank rss-blank linkedin-blank pinterest youtube twitter instagram